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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É CAMPEÃO !


O Fluminense é o merecido campeão brasileiro de 2010. A começar por ter liderado a competição em 23 das 38 rodadas – incluindo, obviamente, a última. Mas principalmente pelo futebol que apresentou durante todo o ano. Um estilo guerreiro mas com qualidade. Prudente mas longe de ser retranqueiro. Inteligente e emotivo – uma combinação sempre explosiva. E, sobretudo, pela valentia – uma qualidade que começou a aparecer na arrancada espetacular do ano passado e que ficou muito clara durante todo esse Brasileirão. Jogo fora ou jogo em casa dava no mesmo. O time de Muricy nunca se acovardava, nunca perdia o prumo, nunca se deixava intimidar; mesmo nos momentos mais difíceis, com quase apenas com reservas em campo.

Muitos times sofreram com lesões ao longo da temporada. É normal em um torneio com 38 rodadas, mas poucos – eu diria pouquíssimos – tiveram tantos e tão importantes desfalques como o tricolor carioca. Eram quase todos os melhores e mais caros jogadores, os mais experientes, as grandes referências. Mas repare que eu disse “quase”: isso porque uma das grandes referências do time esteve em campo o tempo todo e jogou por três ou quatro. Foi brilhante. Foi decisivo. Dario Conca é, por todos os motivos, o craque deste campeonato. Sem ele o Fluminense seguramente não estaria hoje festejando um título tão importante.

Mas claro que não é só isso. Muito mais que um clichê, o futebol é, sim, um esporte coletivo. Grupos ganham e grupos perdem. E o Flu, orientado por seu grande e experiente líder Muricy Ramalho sempre soube disso. E assim, a qualidade de Conca e Mariano foi somada à personalidade de Leandro Eusébio, Gum e Ricardo Berna… À força de Diguinho, Diogo, Bob e Valência… Aos gols de Washington (enquanto duraram, mas a luta não cessou em momento algum) e Emerson… Ao brilho dos que pouco puderam colaborar, mas que emprestam valor ao time, trazendo respeito dos adversários: Fred e Deco. O Fluminese de Muricy é o campeão brasileiro. E o espírito trabalhador e vitorioso do “professor” foi fundamental – sem falar, claro, no talento principal de um técnico: a eficiência tática. Parabéns, Muricy! Parabéns, vencedor! Mas seria simplista e injusto reduzir o título à chegada dele. Afinal de contas, o Fluminense – com ou sem Muricy - passou por sua quarta decisão de título em quatro anos seguidos: Copa do Brasil (campeão), Libertadores (perdida nos pênaltis), Sul-americana (perdida, com vitória por 3 a 0 no último jogo) e agora o equilibradíssimo Brasileirão dos pontos corridos. É mais que Muricy, é mais que Conca ou Fred… É mais que qualquer nome. É a soma de uma série de acertos com uma série de momentos de sorte, com uma série de momentos de bravura e, claro, uma série de investimentos.

Grana. Só ela não ganha nada – tanto que, mesmo com a Unimed, o Flu tem um orçamento muitíssimo menor que o de vários clubes brasileiros. Mas sem grana não há talento que prevaleça.

É hora de comemorar e relaxar. É hora de dar os parabéns também ao Corinthians pelo belo trabalho e por talentos como Elias, Jucilei e os veteranos Roberto e Ronaldo… É hora de abraçar mais ainda o Cruzeiro, de Cuca, Montillo e do jogo bonito. Parabéns! E que a torcida desfruta a Libertadores.

Bem… Acabou e foi muito bom. Acabou e deixará saudades. Acabou e deixou muitíssimas lições. Viva o Fluminense. Viva o futebol brasileiro.

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